A era digital trouxe novos recursos de acessibilidade e inclusão, como textos alternativos e descrições de áudios, fotos e vídeos. Entretanto, o uso dessas novas tecnologias pode ter uma aplicação tardia nas redações. Ao reconhecermos que a acessibilidade faz parte da responsabilidade fundamental do jornalismo de informar, o Centro Knight para o Jornalismo nas Américas tem o prazer de anunciar um novo curso online gratuito em português, com o objetivo de fornecer aos jornalistas ferramentas para criar conteúdo multimídia inclusivo, em diferentes plataformas e para públicos diversos.
O curso “Como jornalistas podem garantir acessibilidade aos seus produtos digitais”, que será realizado de 4 a 31 de março de 2024, é uma colaboração entre o Centro Knight e o Grupo de Pesquisa em Jornalismo Online da Universidade Federal da Bahia, no Brasil. Inscreva-se aqui para participar deste curso único!
“Há muitas razões pelas quais um jornalista precisa estar atento à acessibilidade, é papel de jornalistas informar o público sobre o que está acontecendo em suas comunidades, e as pessoas não deveriam ser excluídas como resultado de sua deficiência”, disse Carla Beraldo, vencedora do Desafio de Inovação do Google News Initiative 2022 ao criar o Protocolo de Acessibilidade Reverta, um projeto de inovação jornalística focado em aprimorar a acessibilidade das notícias para pessoas com deficiência visual.
“Estamos orgulhosos desta colaboração com Carla Beraldo e seu grupo na Universidade Federal da Bahia ao oferecer esta oportunidade a jornalistas que falam português”, disse o professor Rosental Alves, fundador e diretor do Centro Knight. “Há um movimento global para tornar a internet acessível a todos, e há muitas coisas que os jornalistas podem fazer para garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso às notícias. A tecnologia oferece as ferramentas, cabe aos jornalistas aprender a aplicá-las.”
Durante este curso assíncrono de quatro semanas, os participantes aprenderão sobre os princípios, leis e padrões que moldam o conteúdo digital inclusivo, e terão insights práticos sobre como criar conteúdo multimídia acessível, tais como estratégias para integrar descrições de áudio, de imagens e outros recursos de acessibilidade adaptados à plataformas como Facebook, X (antigo Twitter), Instagram e YouTube.
Sob a orientação de Carla Beraldo, instrutora do curso, os participantes realizarão exercícios práticos e discussões, para dominar a arte de criar conteúdos que não apenas atendam aos padrões de acessibilidade, mas também cativem e informem o público de maneira eficaz.
“A acessibilidade é uma característica do jornalismo em redes digitais. A deficiência é um desencontro entre uma pessoa e seu ambiente. E a acessibilidade é a correção deste desencontro. Ao ser acessível, estamos permitindo uma maior engajamento do público e evitando bolhas de informação ou câmaras de eco”, disse Beraldo. “Você deve criar um diálogo com e entre seus leitores, e buscar a acessibilidade amplifica a variedade de vozes e opiniões.”
O curso é projetado para acomodar as necessidades e horários dos participantes. Com o aprendizado assíncrono, os alunos podem interagir com os materiais do curso no seu próprio tempo, completando atividades e participando de discussões conforme seus horários permitirem. Seja você um jornalista experiente, um profissional de comunicação, um educador ou um estudante, este curso oferece insights valiosos sobre como criar conteúdo acessível para todos.
“Este curso de acessibilidade equipa você com o conhecimento e as habilidades para criar experiências digitais que não apenas estão em conformidade com a lei, mas também são amigáveis e inclusivas para todos os usuários. Seja você um desenvolvedor, designer, autor de conteúdo ou gerente de projeto, investir em educação sobre acessibilidade é um passo valioso em sua jornada profissional”, disse Beraldo.
Embora este curso seja assíncrono, ou seja, dispensa aulas em tempo real obrigatórias, o aprendizado interativo é incentivado por meio de fóruns de discussão e horários de atendimento ao vivo com a instrutora. Essas sessões serão gravadas para garantir que aqueles que não puderem participar ao vivo possam acessá-las posteriormente.
O curso está organizado em quatro módulos:
- Módulo introdutório (disponível após a inscrição) explora a importância da acessibilidade no jornalismo digital, abordando seu potencial e limitações.
- Módulo 1 aborda estruturas legais, padrões e princípios de acessibilidade na web, incluindo WCAG 2.2 em conjunto com o Protocolo de Acessibilidade Reverta.
- Módulo 2 foca em técnicas práticas para criar conteúdo multimídia inclusivo, como linguagem de sinais e descrição de áudio.
- Módulo 3 ensina estratégias para garantir acessibilidade em redes sociais como o Instagram, X (antigo Twitter) e YouTube.
- Módulo 4 explora métodos para medir o impacto, usar ferramentas de validação e abordar considerações éticas no jornalismo digital.
Não perca esta oportunidade de tornar seus produtos digitais mais inclusivos e acessíveis para diversos públicos!
Ao final do curso, a equipe do Centro Knight irá verificar as atividades de todos os estudantes para determinar quem se qualifica para o certificado de conclusão gratuito.
“Aprender sobre acessibilidade promove empatia e uma compreensão mais profunda dos desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência”, disse Beraldo. “Isso incentiva uma abordagem mais empática para o design e o desenvolvimento do cenário midiático.”
Junte-se a nós nesta jornada rumo a um cenário digital mais inclusivo. Inscreva-se agora em “Como jornalistas podem garantir acessibilidade em seus produtos digitais”.