O Centro Knight e Chicas Poderosas estão se unindo para um curso online gratuito em espanhol sobre liderança para mulheres na mídia e no jornalismo.
O curso de seis semanas, “Mulheres, Poder e Mídia: Um Curso de Liderança para Jornalistas” (Mujer, Poder y Medios: un curso de liderazgo para periodistas), acontece entre 22 de junho e 2 de agosto de 2020. As inscrições estão abertas agora!
“Muitas vezes, nós, mulheres jornalistas, focamos no treinamento de ferramentas para contar histórias ou investigar, que são extremamente importantes, mas raramente dedicamos esse tempo e esforço em pensar e fortalecer nossa liderança como mulheres na mídia”, disse a diretora executiva e fundadora do Chicas Poderosas, Mariana Santos. “É por isso que o Mulheres, Poder e Mídia é importante, porque é um curso que aborda especificamente a questão da liderança das mulheres que trabalham na mídia, para pensar em como, nesses espaços, podemos crescer e nos tornar líderes.”
“Abordamos a liderança de uma perspectiva feminina, pensando juntos em como mulheres e pessoas não binárias podem encontrar nossas próprias maneiras de ser líderes sem reproduzir estereótipos masculinos”, acrescentou.
“Temos orgulho de fazer parceria com a Chicas Poderosas para oferecer este curso de liderança exclusivo em espanhol para mulheres da mídia. O Centro Knight trabalha há anos na área da inclusão e da equidade de gênero, oferecendo várias oportunidades de treinamento para mulheres jornalistas”, disse o professor Rosental Calmon Alves, fundador e diretor do Centro Knight de Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas em Austin.
“Um dos cursos online mais recentes em espanhol oferecidos pelo Centro Knight, em parceria com o Google News initiative, foi ‘Cobertura inclusiva: perspectiva de gênero na redação’. E também temos a tradição de colaborar com a International Women’s Media Foundation”, acrescentou Alves.
O curso online “Mulheres, Poder e Mídia: Um Curso de Liderança para Jornalistas”, oferecido agora pelo Centro Knight, faz parte de um extenso programa do Chicas Poderosas, apoiado pelo Google News initiative, Sida e Meeda.
Este curso é aberto a mulheres jornalistas que desejam fortalecer ou incorporar ferramentas de liderança em seu trabalho, bem como aprender as melhores práticas de outras mulheres líderes. É feito para mulheres com experiência em jornalismo e mídia e para aquelas que estão apenas começando.
“O curso é direcionado a todas as mulheres que desejam pensar e melhorar sua liderança ou que já o fazem e querem saber mais”, disse Lu Ortiz, coordenadora acadêmica do curso. “É voltado para jovens profissionais que estão iniciando suas carreiras, profissionais experientes que desejam uma mudança em sua carreira profissional, aqueles que desejam ser encorajados a ter uma maior presença pública ou simplesmente todos aqueles que desejam entender ou explorar a liderança de uma forma fundamentalmente feminina “.
O curso é dividido em seis módulos semanais, cada um ministrado por duas instrutoras.
- Na primeira semana, as participantes vão refletir sobre si mesmas, sua própria jornada e valores.
- Durante a segunda semana, as alunas vão projetar seu caminho e se analisar como líderes.
- A terceira semana foca na comunicação eficaz, incluindo a assertividade, a empatia e a aceitação da mudança.
- Na quarta semana, as participantes vão aprender a colaborar usando suas habilidades como repórteres e sua inteligência emocional.
- A quinta semana trata do planejamento e de atingir a sustentabilidade, para que o bom jornalismo seja possível.
- Na sexta semana, as alunas vão aprender com colegas que falharam e aprenderam com seus erros.
O curso contará com 15 instrutoras da América Latina, Espanha, Portugal e França que trabalham com jornalismo, mídia, direito e ciência política. São elas: Mariana Barbosa, jornalista portuguesa; Lucía Chuquillanqui, especialista em políticas de gênero e peruana; Mar Cabra, jornalista espanhola; Luz Mely Reyes, jornalista venezuelana; Marianne Díaz, advogada venezuelana; Arianna de Souza, escritora venezuelana; Michaela Cancela-Kieffer, editora francesa; Carmen Alcázar, advogada mexicana defensora da liberdade na Internet; Nelly Luna, empreendedora de mídia e peruana; Emiliana García, gerente de mídia e argentina; Lía Valero, jornalista colombiana; Laura Aguirre, diretora de mídia salvadorenha; Ximena Villagrán, jornalista de dados da Guatemala; Ana Arriagada, empresária e acadêmica de mídia chilena; Jani Dueñas, atriz e comediante chilena; and Lu Ortiz, cientista político mexicana.
“Cada uma das instrutoras que convocamos para colaborar neste curso é especialista em seu campo, além de uma referência obrigatória para mulheres jornalistas na região. Elas são nossos modelos, as pessoas que nos motivam e nos inspiram”, disse Ortiz. “Cada uma delas, com seu contexto e com sua história de vida, compartilha suas lições e conhecimentos de maneira generosa e clara. O curso Mulheres, Poder e Mídia, além de formativo, é uma jornada pelas redações, empresas, histórias e pela realidade política e social da América Latina. Cada sotaque, cada local e cada ideia vão transportar – as pessoas que fizerem o curso – para um canto diferente do ecossistema de mídia mais rico, diversificado, resiliente e inovador do planeta”.
As instrutoras do curso também estão familiarizadas com os desafios únicos enfrentados pelas mulheres que trabalham com mídia e jornalismo na região.
“Por um lado, [há] a precariedade das condições de trabalho que afetam todas as pessoas que trabalham na mídia e a desigualdade de gênero que persiste nas redações, o que resulta em uma cobertura sem perspectiva de gênero, agendas incompletas da mídia e modelos de gestão machista”, disse Santos.
“Alcançar a igualdade em termos de direitos ainda é uma luta na região. Por exemplo, em alguns países da região a diferença salarial ainda é enorme … e superior à média mundial, que já é alta”, destacou Aguirre. “Mas, além disso, também enfrentamos riscos porque somos mulheres. A América Latina é a região com mais riscos para a integridade das mulheres. Não apenas pelo alto índice de feminicídios, mas também pela discriminação diária que enfrentamos. Mulheres jornalistas, especificamente, precisam lidar com situações de assédio, agressão sexual e outras expressões de violência diariamente. ”
O curso consiste em videoaulas, depoimentos e conversas; leituras e exercícios; participação em fóruns de discussão; e testes sobre o material do curso.
As alunas que concluírem com êxito os requisitos do curso têm a opção de pagar uma taxa administrativa de US$30 para receber um certificado de conclusão em formato PDF. O Centro Knight avaliará os casos de estudantes que precisam de isenção dessa taxa. Nenhum crédito formal da faculdade está associado ao certificado.
Como todos os MOOCs do Centro Knight, o curso é assíncrono, o que significa que os participantes podem participar nos dias e horários que quiserem. No entanto, existem prazos semanais recomendados para concluir as atividades, para não ficar para trás.
“Recomendamos que você tome nota de todos os cursos. Anote os emails de seus treinadores, que serão mentores e guias de seus futuros processos de liderança, e não entenda nada literalmente”, disse Gía Castello, gerente de programa da Chicas Poderosas. “Uma boa líder sabe como adaptar o conselho às suas próprias realidades e à natureza de sua equipe.”
Se inscreva agora neste curso online gratuito e comece a jornada para crescer como líder em sua redação.
Sobre o Chicas Poderosas
Chicas Poderosas é uma comunidade global que promove mudanças, inspirando e desenvolvendo mulheres na mídia e criando oportunidades para que todas as vozes sejam ouvidas. Desde a sua criação, o objetivo das Chicas Poderosas tem sido promover a liderança feminina e a igualdade de gênero na mídia. Para abordar a desigualdade de gênero na mídia, Chicas Poderosas oferece treinamento profissional para fornecer às mulheres e dissidentes as habilidades concretas necessárias para levar sua carreira ao próximo nível, conduzir projetos de negócios e promover a liderança feminina no jornalismo. Como comunidade, a Chicas Poderosas oferece às mulheres que trabalham na mídia uma rede de apoio que funciona como um espaço para troca de conhecimentos e experiências e fornece acesso a oportunidades para o desenvolvimento de suas carreiras. Chicas Poderosas também está mudando a narrativa para transformar o mundo, promovendo espaços para a criação de projetos de jornalismo colaborativo.
Sobre o Centro Knight
O Centro Knight de Jornalismo nas Américas foi criado em 2002 pelo professor Rosental Alves, titular da Cátedra Knight em Jornalismo da Moody College of Communication da Universidade do Texas, graças às doações generosas da Fundação John S. e James L. Knight. O programa de ensino à distância do Centro Knight começou em 2003 e é financiado em parte pela Fundação Knight. Nos últimos seis anos, os MOOCs do Centro Knight atingiram mais de 200.000 pessoas em 200 países e territórios.