Com as eleições gerais de 3 de outubro chegando no Brasil, os resultados das últimas pesquisas de intenção de voto têm sido parte integral da cobertura eleitoral. No entanto, apesar de os jornalistas terem a responsabilidade de interpretá-los ao leitor, muitos ainda encontram dúvidas e obstáculos na hora de traduzir e analisar os números.
“Eu sempre senti a necessidade de conhecer um pouco mais sobre os métodos de pesquisas e suas peculiaridades”, revelou uma jornalista ao Centro Knight.
A repórter participou da segunda edição do webinar “Técnicas e Dicas para Cobertura Eleitoral: Como Entender e Analisar Pesquisas Eleitorais”, realizado pelo Centro Knight e conduzido ao vivo por José Roberto de Toledo no dia 26 de agosto de 2010.
Durante as duas horas do seminário online, 61 jornalistas e estudantes e professores de jornalismo de todas as regiões do país tiveram a oportunidade de aprender fatos e mitos sobre pesquisas eleitorais, incluindo detalhes de como são realizadas, as nuances entre os diferentes métodos de pesquisa adotados pelos institutos, os conceitos de erro amostral e não-amostral, e os erros normalmente cometidos por jornalistas na hora da análise e divulgação (e como evitá-los). Os participantes puderam fazer perguntas e interagir com o instrutor durante e depois da apresentação.
“Espero que os jornalistas tenham elucidado suas dúvidas e que esses seminários venham a contribuir a reduzir os erros de divulgação das pesquisas e ajude a melhorar a qualidade das análises dos resultados”, disse Toledo, o instrutor.
Toledo, um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e especialista em Reportagem com Auxílio do Computador (RAC), escreve sobre as eleições para o Estadão, onde também comanda um blog sobre pesquisas de intenção de voto.
Os participantes mostraram-se satisfeitos com o formato do webinar e pretendem colocar em prática os conceitos e dicas aprendidos.
“Acho que o jornalista deve estar preparado para todos os assuntos e espero poder usar o que aprendi em breve, seja em cobertura política, seja em qualquer outra leitura de pesquisas”, completou Daniel Telles, repórter do jornal A TARDE da Bahia.